terça-feira, 31 de julho de 2012

Vídeos Encontro Aposentados

Caros Colegas,

Os vídeos relativos ao encontro de aposentados em Brasília no dia 18.07 já estão disponíveis nos links abaixo. Para acessar, basta clicar nos endereços abaixos. Para facilitar, o vídeo foi dividido em partes.

Vídeo encontro aposentados - parte 1

http://www.youtube.com/watch?v=rvZOuaQalOU    - Parte 2

http://www.youtube.com/watch?v=dGQG8ubmZLE&feature=relmfu   - Parte 3

http://www.youtube.com/watch?v=nrItBoyzing    -  Parte 4

http://www.youtube.com/watch?v=ATlm8eiKRjg    -   Parte 5

http://www.youtube.com/watch?v=HGYhoeZlAc4   -   Parte 6

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Encontro de Aposentados e Pensionistas do BB

Eu estive presente no encontro de Aposentados e Pensionistas do BB que aconteceu em Brasília, no dia 18.07, por iniciativa da AAFBB e da FAABB. A colega Isa Musa foi responsável pela coordenação com o apoio da colega Leopoldina Correa, que gravou o evento que deverá ser disponibilizado em breve para que todos possam acessar e tomar conhecimento do que foi discutido no encontro.
Foto: Leopoldina Corrêa

O evento foi iniciado com uma apresentação da Isa Musa que resumia o histórico do nosso fundo de pensão - PREVI, principalmente o período a partir do contrato firmado entre o BB e a Previ em 1997 que permitiu que o BB iniciasse uma constante busca por retornos relativos aos investimentos da Previ, nas distribuições de superávits que ocorreram após esse período.

Após essa apresentação, o Dr. Wagner Gusmão, apresentou um resumo sobre as medidas jurídicas que a FAABB interpôs contra a Resolução CGPC 26, bem como a estratégia adequada para combater a Resolução CNPC sobre a retirada de patrocínio, tema que tem assustado os colegas aposentados e pensionistas.

Após grandes discussões e depoimentos muito interessantes, que contou com a participação de várias lideranças, foi reforçada a necessidade de que se trabalhe firmemente junto aos poderes executivo, judiciário e legislativo, através de seus representantes.

Foi formado um grupo que será responsável pela coordenação dos trabalhos, sob a coordenação da AAFBB (Gilberto Santiago), da ANABB (Amaral) e da FAABB (Isa Musa).

Qualquer novidade em relação ao grupo, estarei divulgando no blog.

Reunião Anabb

Caros Colegas,

Esta semana foi bem movimentada, pois na segunda e terça-feira houve reunião na ANABB. Segunda-feira, foi a reunião dos Grupos Assessores e na terça, do Conselho Deliberativo.

Na segunda, houve a abertura dos grupos temáticos onde reuniu todos os componentes, incluindo Conselheiros Deliberativos, Fiscais, Diretores Regionais e pessoas de notório saber. O objetivo desses grupos é aprofundar alguns assuntos que estão na ordem do dia, dando suporte à Diretoria para que adote as medidas que decidir serem convenientes.
Os grupos assessores são:


Grupo 1 - Relações Institucionais e Comunicação
Grupo 2 - Cidadania e Responsabilidades sócio-ambiental
Grupo 3 - Saúde e Qualidade de Vida
Grupo 4 - Relações Trabalhistas e Sindicais
Grupo 5 - Previdência e Aposentadoria Plano 1
Grupo 6 - Previdência e Aposentadoria Plano Previ Futuro
Grupo 7 - Anabb e seus produtos e serviços
Grupo 8 - Novos Funcionários (pós-98) e Bancos Incorporados

Eu faço parte do grupo 5 - Previdência e Aposentadoria Plano 1, junto com os colegas: Isa Musa, William Bento, Maria do Céu, Erivanda, Júlia Maria e Aldo Alfano. A Diretoria da Anabb sugeriu alguns assuntos para serem discutidos nesse primeiro encontro, conforme abaixo:

- retirada de patrocínio;
- Resolução CGPC 26;
- Preparação para a aposentadoria;
- Taxa de juros e meta atuarial.

O que foi decidido pelo grupo:
- Retirada de patrocínio - agendar reunião com o Secretário de Políticas de Previdência do Ministério da Previdência, de preferência envolvendo também a diretoria da Anabb.

- Em relação à Resolução CGPC 26, o coordenador (Aldo Alfano) ficou encarregado de acompanhar a tramitação da proposta de Decreto Legislativo para alteração da REsolução de autoria do Senador Paulo Bauer.

- Em relação ao tema "taxa de juros e meta atuarial", decidimos que seria interessante ouvir alguns cenaristas e discutir quais seriam as tendências para os próximos 5 anos e ouvir também um especialista em Sistema Bancário Brasileiro. O Coordenador do grupo ficou de fazer os contatos para agendar essas apresentações.

- O item "preparação para Aposentadoria" ficou para ser abordado na próxima reunião. Incluimos a demanda dos colegas sobre o aumento do limite e prazo do Empréstimo Simples. Nós sugerimos que a Diretoria da Anabb defenda junto à Previ, a fórmula 180 / 180.

Outros pontos que incluímos nas prioridades do grupo e para a Diretoria da Anabb foi a questão do BET x retorno de contribuições x pendências do Acordo de novembro de 2010. O Coordenador, em nome do grupo, solicitará que a Diretoria da Anabb contate os demais signatários do acordo para dar continuidade a esses pontos. Também incluimos nas prioridades a questão do teto de contribuição x teto de aposentadoria.

Por último, solicitamos ao colega William Bento que disponibilize a proposta apresentada ao Conselho Deliberativo da Previ para reajuste de benefícios para que seja incluído na revisão do plano 1.

Esperamos que a Diretoria nos ajude nessas demandas, pois no nosso entendimento são as pendências e as necessidades dos colegas neste momento.

Na quarta-feira, também ocorreu um evento promovido pela FAABB em Brasília para discutir o tema "retirada de patrocínio" e falarei sobre ele em outra matéria.



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Caros colegas,

Além da questão que está preocupando os associados do Plano 1 da Previ, existe outro ponto que me deixa em estado de alerta. Essa matéria que foi publicada pelo informativo da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) nos acende a luz amarela e é preciso que estejamos conscientes de que a crise econômica que se desenha, incluído o Brasil, não será fácil e, é lógico, que o Banco do Brasil sentirá esse impacto no seu resultado, aliás, já está sentindo.

Como podemos perceber, a ideia é que assim que eles regulamentarem a retirada de patrocínio, eles comecem com esse lobby para mudar as regras das Resoluções CGPC 18 e 26. Existe um ponto que me preocupa em especial é uma discussão presente entre a PREVIC e as entidades é a marcação a mercado do passivo dos planos. Existe uma intenção de que isso vire regra no Brasil. O que significa isso para a Previ? Significaria um déficit inicial robusto, tendo em vista que você traria a volatilidade do mercado para o passivo. Atualmente, já vivemos isso com grande parte dos nossos ativos em renda variável, excetuando o ativo Vale, Neoenergia, Invepar, entre outros.

Caso isso realmente seja implementado, o plano seria mais transparente para os associados, visto que as premissas seriam mais divulgadas. Hoje você não sabe direito o que está contido nos cálculos atuariais, você não conhece os cálculos fornecidos pelo patrocinador Banco do Brasil em relação ao crescimento salarial, entre outros que é empurrado para a Previ, sem nenhum questionamento, mas essa "transparência" tem um preço alto na arrancada.

Ainda é cedo para preocupação, porém é certo que estamos entrando em área turbulenta e é bom apertarmos bem os cintos de segurança para superarmos esses momentos complicados.

Em agosto próximo, quando estiverem sendo concluídas as novas regras que regerão a retirada de patrocínio, será a vez de iniciar um novo e amplo debate, agora sobre alterações nas Resoluções  CGPC 18 (parâmetros técnico atuariais) e 26 (destinação de superávits e adequação de déficits), simultâneamente à discussão a respeito das questões ligadas à fusão, cisão, incorporação e transferência de gestão. A informação é do Secretário-Adjunto de Políticas de Previdência Complementar, José Edson da Cunha Júnior e foi transmitida na última sexta-feira (6), em São Paulo, no seminário Redução de Juros e Reflexos para a Regulação dos Fundos de Pensão, evento da ABRAPP que reuniu mais de uma centena de dirigentes e gestores, tendo como patrocinadores a BNP Paribas Asset Management, Banco Pine e Risk Office. Este diálogo  outro expositor, o Diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), Edevaldo Fernandes da Silva, quer tornar o mais abrangente até incorporar a todos os atores: “A responsabilidade não é só dos atuários, é de todos os fóruns e por isso todos precisam participar”, disse Edevaldo. José Edson, por sua vez, parabenizou a ABRAPP por vir há tanto tempo insistindo em que discutamos as consequências de algo que um dia teria que acontecer, a redução na remuneração paga pela renda fixa.
Edevaldo e José Edson, que falaram no painel “Revisão Regulatória em Estudo em Face da Redução dos Juros nas Óticas da PREVIC e da SPPC”, insistiram muito na amplitude das novas responsabilidades em um ambiente mais complexo do que no passado, sublinhando que dos conselheiros se espera agora que não apenas verifiquem a aderência da política de investimentos, mas fiquem atentos à sustentabilidade de seus planos no mais longo prazo, acompanhando mais de perto o comportamento dos juros e os efeitos da longevidade e da política de RH da patrocinadora. Além deste, quatro outros painéis foram apresentados, um deles inclusive internacional.
Os dados mostrados não deixam dúvida quanto à consistência da tendência de queda dos juros: A Selic (descontada a inflação) que já foi de quase 25% há 15 anos, recentemente  chegou próxima a 3% e atualmente encontra-se abaixo de 6%. A taxa da NTN-B para 30 anos era há cinco anos superior a 10%, mas atualmente já está abaixo de 4%.
Edevaldo elencou pontos que a seu ver não poderão estar ausentes das discussões em torno das alterações na Resolução 18: ênfase na governança, deixando-se claras as obrigações dos órgãos  no que se refere às premissas atuariais; precificação dos ativos através de marcação a mercado e reclassificação quando das demonstrações contábeis anuais; e precificação do passivo (taxa de juro) diferenciada a depender dos multi-portfólios de investimentos dos planos. A precificação ocorrerá na média móvel dos papéis em “janela de tempo”, algo que as autoridades acreditam que ajudará a mitigar a volatilidade do passivo. A divulgação dos vértices caberá à PREVIC, que estará assim prestando um serviço, tirando dos ombros dos fundos os custos e as dúvidas sobre como fazer.
Outros pontos que precisarão estar presentes são transparência, com a divulgação pela PREVIC  da relação dos planos de benefícios com as respectivas hipóteses adotadas;  comparabilidade facilitada; e serviço passado e déficit equacionados, ou seja, financiamento do plano com amortização linear ou decrescente, nunca crescente. Enfim, os problemas que vieram lá de trás precisarão estar resolvidos ou a caminho de uma solução, nunca crescendo.
Quanto aos ajustes que precisarão ser feitos na Resolução 26, Edevaldo disse acreditar que se caminha na direção de períodos de ajustes vinculados, dificultar a reversão das  reservas especiais e vinculação das decisões aos  parâmetros  prudenciais.
As autoridades lançaram um olhar também sobre os ativos nessa nova fase. José Edson mostrou as características gerais dos perfis de investimento e dos planos “ciclo de vida”, informando que estes últimos apareceram como os mais rentáveis em um estudo recente do Banco Mundial, muito embora o seu objetivo não seja o de aumentar o retorno dos investimentos, mas sim balancear a relação risco/retorno no longo prazo.
Para ajudar as entidades menores a diversificar os seus investimentos, tirando-as da dependência da renda fixa exclusiva e abrindo portas para alocações estruturadas, José Edson apontou possibilidades como o BNDES vir a constituir fundos sob a forma de condomínio fechado para investir em infra-estrutura. Seria um caminho numa escala capaz de atender a esses investidores de menor porte, da mesma forma como não se descarta a formação de clubes de investimentos. Sem esquecer que, como não competem entre si, os fundos de pensão maiores poderiam cooperar com os demais compartilhando os estudos  de análise de risco.

Lá fora e aqui -  A crise na Europa e Estados Unidos não se resolve tão cedo e ao Brasil cabe equacional problemas que não residem fundamentalmente no câmbio ou no baixo consumo mas sim nos custos internos de produção, nas ineficiências brasileiras, disse o economista-chefe do BNP Paribas Asset Management, Eduardo Yuki, expositor no painel “Redução de Juros: Estrutural ou Conjuntural ? Impactos da Nova Realidade”. No seu entendimento, o Brasil precisa melhorar e muito a sua educação e infra-estrutura, mas “de todo jeito não é mal crescer perto de 3% num mundo como o de hoje”, observou Yuki.
Na mesma linha, o outro expositor do painel, Marco Antonio de Paulo Maciel, economista do Banco Pine, disse que em relação à crise no exterior “é preciso ter paciência, nenhuma solução virá logo”. Repetiu que os problemas brasileiros estão principalmente na educação e na infra-estrutura, mas apontou alguns elementos complicadores a mais, o custo da mão de obra, o pouco cuidado em qualificar os gastos do governo e a urgência em aproveitar o pouco tempo que resta do bônus demográfico (período em que há mais pessoas em idade para trabalhar sobre a população em geral). Ambos concordaram em que a tendência de juros declinantes tende a se transformar de conjuntural em estrutural.
O gato subiu - “É preciso avisar ao participante que o gato subiu no telhado”, observou Evandro Luis de Oliveira, consultor sênior da Towers Watson e palestrante no painel “Análise de Sensibilidade da Taxa de Juros nos Planos de Benefícios”, ao salientar a delicadeza da situação atual, em que ativos e assistidos poderão ser chamados a repartir custos. Para Luiz, agir com falta de transparência ou tardiamente poderá não apenas obrigar o gestor a ter de fazer a mesma comunicação mas em piores condições lá na frente, como sujeitá-lo a cobranças legais.
“É hora mais que nunca de investir em educação previdenciária”, resume Luís.
O atuário Antônio Fernando Gazzoni, da Gama Consultores Associados, notou que regras hoje melhor detalhadas no que diz respeito à destinação do superávit e mais genéricas no que se relaciona ao equacionamento do déficit precisam ser revistas. Gazzoni também pregou menos foco no equilíbrio e mais na solvência dos planos, uma vez que este segundo conceito é mais dinâmico que o primeiro e não uma fotografia de um momento.
“Nesse mundo novo em que vivemos hoje fica mais claro que nem supervisão nem gestão baseadas em risco podem ser mais retardadas”, comentou Gazzoni. Ele concluiu anotando pontos que julga fundamentais no debate atual:  As taxas de desconto atuarial devem refletir a rentabilidade real do patrimônio do plano ao longo do tempo. Na verdade, quanto mais ajustadas estiverem a rentabilidade do patrimônio e a taxa de desconto, menor será a volatilidade do plano.
Para Gazzoni, o cenário de taxas de juros declinantes exigirá maior precisão das normas que regulamentam a fixação da taxa de juros e o equacionamento de déficits. E, a seu juízo, “devemos avaliar se o modelo de definição de taxa de juros praticado no Brasil é o mais adequado às nossas realidades e perspectivas, e eventual mudança deve levar em conta as experiências internacionais”. Disse não ter dúvidas, porém, de que as Resoluções MPS/CGPC Nº 18 e 26 precisam ser revistas em conjunto.

No mundo - Na Holanda hoje já há fundos enfrentando dificuldades, como ocorreu na Dinamarca em 2000, explicou  Juan Yermo, chefe da Unidade de Previdência Complementar da OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Este ano muitos fundos, como primeira medida, desindexaram os benefícios da inflação, mas em 2013 deverão ser obrigados a dar mais um passo nesse ajuste, fazendo um corte nominal no valor das aposentadorias.
Yermo observou que a experiência global mostra que as normas podem favorecer alocações contra-cíclicas que de modo algum penalizariam por si só investimentos diversificados de longo prazo.

Abordagem técnica -  Sílvio Rangel, integrante da CTNI, inspiradora do evento, lembrou que “não existe modelo de precificação perfeito, até porque já se disse que o maior risco é o da certeza”. Há, no entanto, alguma atitudes das quais deve-se fugir, como evitar ver as mudanças que acontecem à volta, importar modelos ou crer em algum como se fosse infalível, disse ao expor no último painel, dedicado ao tema “Revisão Regulatória Necessária: Uma Abordagem Técnica”.
“Qualquer que seja o modelo de precificação adotado, temos que estar cientes que seus resultados são limitados e imprecisos”, assinalou Rangel, para quem “o resultado contábil, por si só, não expressa a situação de um plano previdenciário. Um déficit de 5% para um passivo com duration curto pode representar um grande risco, mas um déficit de 20% para um duration de passivo longo pode ser perfeitamente administrável. Mais importante do que o critério de precificação dos ativos (CGPC 04) e dos passivos (CGPC 18) é entender o que eles efetivamente significam, e saber o que fazer com os resultados (CGPC 26)”.
No entender de Rangel, “precisamos considerar as particularidades brasileiras (regulatórias, jurídicas, culturais, mercado, modelo planos, estoque, etc) e do  sistema previdenciário do País”. Enfim, “precisamos construir um modelo que produza incentivos e  desincentivos corretos, adequados às necessidades dos planos”.
Maurício da Rocha Wanderley, outro integrante da CTNI e também expositor, observou que o mais importante nessa nova etapa que se inicia é que as entidades assimilem a prática do questionamento, criando dentro da organização a cultura da avaliação do risco. Até porque nos modelos de longo prazo os riscos tendem a ser naturalmente maiores. Por sua vez, Gustavo Ferreira Melo, da RiskOffice Consultoria Financeira, encerrou o evento fazendo uma apresentação técnica de um modelo de precificação de ativos.
Fonte: Abrapp

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Cenários para 2012

Caros Colegas,
Vários colegas escrevem ansiosos para saberem se haverá algum aumento no limite e prazo do Empréstimo Simples da Previ, se haverá negociação para utilização do superávit ou mesmo a questão que está sendo muito comentada, que é a minuta apresentada de uma regulamentação da retirada de patrocínio dos fundos de pensão. Muitos colegas estão apreensivos de que o Banco tenha interesse em retirar-se do plano.
Eu tenho lido muitas análises econômicas e as projeções para o final do ano não são nada animadoras. Como estamos percebendo nas atuações e interferências do Governo, a situação não está tão tranquila, como alguns querem passar, principalmente a Previ.
As reclamações são muitas em relação aos novos dirigentes que assumiram e ainda não deram as caras. Isso já era de se esperar, pois para que dar satisfações aos associados, se eles estão com maioria em todas as instâncias? Ilusão dos colegas achar que eles atuarão na defesa dos nossos interesses e essa é a verdade que teremos que conviver nos próximos dois anos.
Voltando à questão dos cenários para este ano, a Bolsa de Valores, tem apresentado resultados ruins, atualmente está em, aproximadamente, 55.500 pontos, o que não é nada bom para o nosso resultado. As ações da Petrobrás caíram muito e a Previ aumentou a participação, que já não era pequena, a um preço muito alto e isso impactará muito forte o resultado. Outro ponto é a Vale que, apesar de ser uma empresa fantástica, o resultado de 2012 não trará grandes aumentos, deverá permanecer no mesmo patamar. Como ela aparece no balanço com valor econômico, atualizado anualmente através da contratação de Bancos de primeira linha, não impactará nem positiva nem negativamente o resultado.
A questão que levantei durante a campanha do término do BET antes do período combinado é real e só poderemos contar com ele até o final do ano. Quem acreditou na história de incorporação do BET caiu no conto do vigário, pois é bem provável que não tenhamos nem o temporário pelo prazo que foi vendido para os associados.
O que está acontecendo e que acho muito interessante, é as entidades se aproximando para discutir a minuta da retirada de patrocínio. Haverá um encontro onde esse assunto será debatido com a profundidade que o assunto exige.
Segue, abaixo, uma matéria bem interessante que fala sobre a questão da economia e como a postura do Governo mudou, assumindo que há uma crise que será pior que a de 2008.

Pela primeira vez nos últimos 20 anos, um diretor do Banco Central vem a público para avisar que as cotações do dólar têm de subir. Mais ainda, têm de subir porque o desempenho da indústria não foi satisfatório dois meses antes. Foi o que declarou ontem o diretor de Política Monetária, Aldo Luiz Mendes.
Mesmo depois de 1999, quando foi definida a livre flutuação do câmbio no Brasil, ninguém no governo federal definiu que essa flutuação se faria de modo absoluto, no sentido de que a cotação da moeda estrangeira seria aquela que fosse determinada pela oferta e procura sem interferência das autoridades.
Sempre se soube que o câmbio no Brasil – como, de resto, em todo o mundo – opera no regime de “flutuação suja”. A diferença é que, em 2004, o próprio Banco Central definiu que essa intervenção se faria em duas condições: quando fosse preciso neutralizar a excessiva volatilidade das cotações – caso de uma forte entrada ou saída de dólares: ou houvesse necessidade de formar reservas.
A partir do governo Dilma, sem declaração prévia, essa regra foi alterada. O próprio Banco Central tratou de puxar as cotações para cima para conter a excessiva valorização cambial (baixa do dólar).
Com isso, as cotações saltaram para acima dos R$ 2 por dólar, chegando ao máximo de R$ 2,0830 no dia 28 de junho. Nesta semana, o próprio Banco Central voltou a vender moeda estrangeira aparentemente porque entendeu que a desvalorização fora longe demais. As cotações voltaram a cair para abaixo dos R$ 2 por dólar, o que parece ter incomodado em especial o diretor de Política Monetária, que nesta terça-feira passou o recado de que o Banco Central terá de voltar a comprar moeda estrangeira, agora no mercado de derivativos.
A condução da política de câmbio pelo Banco Central está pouco clara. Tanto não lhe interessam cotações acima de R$ 2,10 por dólar como não lhe interessam cotações abaixo de R$ 2 por dólar, o que, por si só, caracterizaria um limite estreito de variação.
Porém, mais esquisita é a afirmação de um diretor do Banco Central, cuja única função é cuidar da saúde da moeda, de que, no momento, é o desempenho da indústria que tem de determinar a política cambial, não importando muito as causas do seu baixo resultado nem o comportamento do resto da economia.
Ontem, o IBGE divulgou os resultados de sua pesquisa sobre a produção industrial e o que se viu é decepcionante: queda de 0,9% em maio em relação a abril; queda de 4,3% em relação a maio do ano passado; e de 3,4% nos primeiros cinco meses do ano em relação a igual período do ano passado.
Tanto a presidente Dilma como o ministro Guido Mantega vêm afirmando que o avanço insatisfatório do sistema produtivo (e não só o da indústria) é consequência da crise internacional – fator que não explica tudo. Em nenhum momento foi adiantado que esse fiasco tem a ver com a excessiva valorização do real nem que a desvalorização induzida até aqui teria de ser acentuada para salvar a produção.
É incompreensível que uma autoridade da área monetária declare que é preciso empurrar o câmbio, qualquer que seja a direção. Mesmo que decididas equivocadamente, essas coisas não se anunciam; simplesmente se fazem. (Celso Ming - Agência Estado)