segunda-feira, 28 de março de 2011

Essa matéria que reproduzo abaixo, foi divulgada na semana passada, porém não podia deixar de comentá-la, pois trata-se de um ativo que a Previ insiste em colocar recursos sem a menor perspectiva de retorno. Todos os anos que atuei como diretora de planejamento fui contra vários aportes no empreendimento por entender que o melhor seria vender o ativo. Nesse período, registrei vários votos contrários em relação a essa matéria, da mesma forma que registrei minha posição quando houve uma proposta firme de compra de Costa de Sauípe quando ainda tinha o glamour de um dos melhores resorts no Brasil.


Quando li essa matéria, a primeira vontade foi de rir (na verdade deveria ser chorar), pois é lógico que se houve um aporte de R$ 30 milhões, como é que o resort não apresentaria resultado positivo? Assim, até o Joãozinho que não tem dinheiro nem para pagar a conta de luz, fecha o mês com sobra. Nada contra o Joãozinho, porém chega a ser revoltante a forma como se coloca dinheiro (nosso) em um empreendimento que não dá retorno e nunca pagará o que se gastou até o momento.

Após investir R$ 30 milhões no ano passado e reestruturar a operação do seu resort Costa do Sauípe (Bahia), a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, começa a registrar resultados inéditos em 10 anos de atividades.

O presidente da operadora do empreendimento Sauípe S.A., Eduardo Giestas, conta que a taxa média de ocupação dos seis hotéis do resort, em janeiro, foi de 86%, diante dos 73% do mesmo período do ano passado.
"Em meados de julho do ano passado relançamos o resort e simplificamos a oferta. Hoje, não há mais a briga interna entre os hotéis e houve uma reaproximação com o setor turístico", afirma Giestas.
Desde a sua inauguração, o resort consumiu em torno de R$ 1 bilhão, mas nunca havia dado o retorno que a Previ esperava. Diferentes redes operavam hotéis dentro do complexo, o que gerava uma competição entre elas.
Desde 1º de janeiro, os seis hotéis são operados exclusivamente pela Sauípe S.A, após a saída da rede jamaicana SuperClubs do último resort que não estava nas mãos da Previ, o Breezes.
Há quase três anos, a Previ quase vendeu o resort para a rede SuperClubs, que estava associada com o bilionário espanhol Enrique Bañuelos, mas a crise impediu o fechamento do negócio.
Com prejuízo de cerca de R$ 30 milhões em 2009, último dado financeiro disponível, Giestas vê, agora, chances de obter o equilíbrio financeiro.
Segundo o executivo, em fevereiro a taxa de ocupação média nos seis hotéis do resort foi de 70%, sendo que no mesmo período do ano passado ela era de 40%.
Fonte primária da informação Valor





Ingerência política na Vale

Caros colegas,

Não poderia deixar de me manifestar em relação a essa matéria, pois estamos tratando do maior ativo que a Previ participa e que qualquer desvalorização põe em risco nossos resultados futuros. Eu acho interessante que já vi muito executivo que levou as empresas quase que para o buraco serem indicados com a aprovação da Previ e ela não movia uma palha para mudar. Agora, em uma empresa onde a performance é excelente, qual seria o motivo dessa mudança brusca?

Meus caros, boa coisa não é, pois temos que lembrar que o governo está com problemas de caixa, tentando enxugar o orçamento, porém sem muito sucesso, visto as pressões políticas dos partidos aliados. O que resta? Pressionar às empresas privadas onde tenha alguma participação, como é o caso da Vale, para que invistam em projetos do Governo.

Vocês sabem quem a Previ está indicando para Conselheiro na Vale? O Sr. Nelson Machado, alguém lembra quem ele é? Segundo fontes, ele foi a pessoa que foi contra a proposta da aposentadoria das mulheres aos 45 anos, mesmo depois do Banco ter dado o "de acordo", na negociação anterior de utilização do superávit. E isso foi feito com a aprovação dos diretores eleitos. É mole????

Fundos: Substituto de Agnelli começa a ser definido

Os acionistas controladores da Vale começam a definir hoje a substituição do executivo Roger Agnelli da presidência da companhia. O presidente do Conselho do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Ricardo Flores, se reúnem no fim da tarde, na sede do BB em São Paulo, para acertar os detalhes da demissão de Agnelli e da escolha de seu substituto.
Durante o encontro, haverá discussão de nomes para compor uma lista com três candidatos. A tendência é que a lista seja integrada por executivos da mineradora. Um dos nomes que vão compor a lista é o de Tito Botelho Martins, diretor-executivo de operações e metais básicos da Vale e diretor-presidente da Inco.
A reunião de hoje será do "núcleo duro" dos acionistas que controlam a Vale. A lista será submetida aos outros sócios nas próximas semanas por Ricardo Flores, que preside o conselho da empresa. Caberá a Flores conduzir o processo. Na assembleia de acionistas, marcada para 19 de abril, será definido e oficializado o nome do novo presidente da Vale. (Cristiano Romero - Valor Online)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ingerência política na Vale

Essas últimas notícias que têm saído na mídia sobre a possível substituição do Presidente da Vale, Roger Agnelli, pode parecer que não importa aos associados da Previ, mas eu tenho uma opinião totalmente diferente. A empresa Vale é o maior investimento que temos no Plano 1 em renda variável. Sua desvalorização ou possível interferência do governo em sua gestão poderá fazer com que suas ações despenquem e isso não é nada bom para o fundo. Uma coisa é substituir um Presidente por motivos como incompetência, inoperância, ações contrárias aos interesses dos acionistas, etc, o que não é o caso, visto que a empresa registrou seu maior resultado no ano passado e sua trajetória comprova um tremendo sucesso na gestão do atual Presidente, porém quando existe um movimento político por traz dessa pressão, a preocupação aumenta.

O que está motivando o governo a substituir o Agnelli? Por que a Previ indicou o Presidente do Conselho Diretor do Banco do Brasil para o Conselho da Vale, já que o Banco não tem nenhuma participação acionária na empresa e a vaga, em tese, é da Previ? Por que também estão presentes no Conselho da Vale, indicados pela Previ, o Presidente da Previ, Ricardo Flores, e o Presidente do Conselho Deliberativo?

Em matéria divulgada hoje na Folha Online, vários funcionários ameaçam entregar seus cargos se essa demissão acontecer.

Quais são os motivos que impulsionam o governo a querer fazer uma mudança drástica em uma empresa que está dando certo????

quarta-feira, 16 de março de 2011

Distribuição do Superávit - IR

Colegas,

A primeira etapa da discussão foi vencida e o crédito foi feito, PORÉM ainda existe a segunda etapa e algumas pendências em relação à primeira etapa.

1o) Uma parcela de associados aposentados não tiveram direito à distribuição de superávit em função de seus benefícios serem bancados pelo patrocinador Banco do Brasil, na medida em que não foi constituída reserva matemática para eles, sendo que a Previ é simplesmente o repassador dos recursos do Banco;

2o) É a questão da mordida do Imposto de Renda sobre o valor adiantado no mês passado. Segue matéria abaixo sobre esta questão;

3o) É a SEGUNDA ETAPA, onde deverão ser discutidas medidas de revisão do plano e consequente mudança do regulamento do plano. Ainda esta semana eu vou resgatar as propostas que foram tratadas em diversos fóruns e, conto com vocês para relembrarmos outras para colocar em discussão no blog. Fiquem atentos!

Segue a matéria sobre a incidência do IR sobre o adiantamento recebido:

IR sobre BET: PREVI encaminha questionamento à Receita

Alguns participantes têm questionado a incidência do desconto de Imposto de Renda no Benefício Especial Temporário, fruto da utilização dos recursos do Superávit do Plano 1, alegando se tratar de apuração incidente sobre os rendimentos recebidos acumuladamente.
No entanto, a Instrução Normativa nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011, que trata da apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) incidente sobre os rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) prevê o desconto diferenciado em caso de rendimentos oriundos da Previdência Social, dos regimes próprios dos servidores públicos, e de rendimentos do trabalho. Não menciona, portanto, os benefícios de Previdência Complementar.
Com relação a esses questionamentos, a PREVI informa que formalizou consulta à Receita Federal e que aguarda resposta. Até que sejam dadas novas instruções, a PREVI não pode aplicar outro critério que não o das retenções previstas na tabela progressiva do Imposto de Renda. (Previ/AssPreviSite)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher - 08.03!!!


Gostaria de dar o parabéns a todas as mulheres, mães, filhas, irmãs, avós... Todas essas mulheres maravihosas e brilhantes, que conseguem fazer de suas lutas grandes vitórias...
E não podia deixar de lembrar de uma música que gosto muito e que me emociona demais, principalmente em um dia como este.
Segue, abaixo, a letra da música que a Elis Regina gravou de forma majestosa e segue o link para assistir o vídeo. Vale a pena clicar no link abaixo e assistir essa fantástica gravação.

http://letras.terra.com.br/elis-regina/91044/
Essa Mulher
Elis Regina
Composição: Joyce/A.Terra

De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz assim, feliz
De tardezinha essas menina se namora
Se enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.
Duas matérias chamam atenção esta semana. Referem-se à nomeação para o cargo de Diretor-superintendente da PREVIC. Como já tinha sido divulgado no blog esta possibilidade, agora é efetiva. A questão não está na pessoa em si, o problema é na ingerência política que existe nesse mercado de fundos de pensão, principalmente os cargos ligados diretamente a empresas estatais ou de economia mista, como é o nosso caso.
Eu não posso deixar de compartilhar com os colegas a lembrança da metáfora da raposa e das uvas. Para quem não lembra da metáfora do Esopo, segue abaixo para reflexão e discussão:

Uma Raposa morta de fome, viu alguns cachos de Uvas negras maduras penduradas nas grades de uma viçosa videira.

Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para alcançá-las, mas acabou se cansando em vão, sem no entanto conseguir.
Por fim deu meia volta e foi embora consolando a si mesmo desapontada e dizendo:
- As Uvas estão estragadas e não maduras como eu pensei.


Moral da História:
Para uma pessoa vaidosa é difícil reconhecer as próprias limitações, abrindo assim caminho para as desventuras.



Foi publicada ontem (2), no Diário Oficial da União, a nomeação do novo diretor-superintendente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). José Maria Rabelo é servidor de carreira do Banco do Brasil, tendo chegado à vice-presidência de negócios internacionais da instituição, além de ter ocupado a direção de comércio exterior e a superintendência estadual do Banco do Brasil no estado de São Paulo.

O novo diretor superintendente da Previc foi presidente do conselho deliberativo da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), hoje o maior fundo de pensão da América Latina. Também é membro titular do conselho de administração da BrasilPrev, empresa de previdência complementar que surgiu da associação entre o Banco do Brasil e o Sebrae.
Mineiro de Coromandel, José Rabelo é formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com MBA em Formação Geral Básica para altos executivos pela mesma instituição. No ano de 1999, o novo diretor superintendente cursou o Programa de Gestão Avançada da Amaná-Key, concluindo MBA Internacional para altos executivos. É autor ainda de diversos artigos publicados em veículos de comunicação de ampla circulação do país.
José Maria Rabelo sucede o economista Ricardo Pena, que presidiu a Previc desde sua criação, em dezembro de 2009 (Ag Prev)

Previc é dada como recompensa ao PMDB

Atendendo a forte pressão do PMDB, a presidente Dilma Rousseff, trocou o titular da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Ricardo Pena Pinheiro, que estava há apenas um ano no cargo, pelo funcionário de carreira do Banco do Brasil, José Maria Rabelo, muito ligado ao ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, líder daquele partido. A mudança foi oficializada ontem no Diário Oficial da União.
Esse foi o segundo grande golpe sofrido por Ricardo Pena nos últimos dias. Isso porque o nome dele teria sido indicado para o comando da Susep pelo senador pernambucano e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, do PTB. A indicação não foi aceita pelo Palácio do Planalto.
José Maria Rabelo ocupou vários cargos no Banco do Brasil antes de chegar à vice-presidência da instituição, cargo no qual se aposentou. Ele foi, inclusive, superintendente estadual do BB no Rio Grande do Norte, estado do ministro Garibaldi Alves. (Seguros dia-a-dia)