segunda-feira, 28 de junho de 2010

Aposentados ajudam a acompanhar empresas

Gostaria de fazer uma ressalva antes de vocês lerem esta matéria que foi publicada no jornal Valor Econômico de hoje (28.06), pois acredito que o crédito de todo esse projeto deve ser do atual Diretor de Planejamento, eleito pelos associados nas últimas eleições, Vitor Paulo Gonçalves, que também atuou como Gerente na minha gestão na Previ. Foi ele quem iniciou o processo de profissionalizar a seleção de conselheiros e contratou uma Instituição das mais qualificadas no Brasil para trabalhar no projeto quando foi Diretor de Participações em 1998, tanto que até hoje é utilizada na Previ.

Se hoje esse processo é mais transparente e mais profissional, devemos a ele e a equipe que atuou com ele na época. Parabéns, Vitor!

Dona de um portfólio de ações em 76 companhias abertas avaliado em aproximadamente R$ 75 bilhões, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) formou entre seus aposentados um verdadeiro exército de conselheiros fiscais e de administração para cuidar de seus interesses nas empresas.

Na ativa, 107 aposentados estão hoje entre 226 conselheiros mantidos pela fundação no "board" das empresas. O grupo inclui funcionários ativos do BB e consultores externos independentes.

Na reserva, 1.340 potenciais conselheiros estão registrados em um banco de dados, prontos para serem acionados a qualquer momento.

Os conselheiros estão vinculados à diretoria de participações (Dipar), responsável pela gestão das "empresas participadas", aquelas em que a fundação possui assentos nos órgãos de governança ou que o valor investido corresponda a 0,25% ou mais de seu patrimônio líquido (cerca de R$ 350 milhões). Por este critério, 65 das 76 empresas são "participadas" e em 63 delas, a fundação tem assentos em conselhos, seja fiscal, seja de administração.

Aloísio Macário, gerente executivo de governança da Previ, conta que a Dipar foi criada quando a fundação começou a entrar nos leilões de privatizações de estatais como Embraer, Vale e as teles. Nas participações mais relevantes, a estratégia da fundação é carregar a posição a longo prazo, ou vender em bloco para algum investidor.

A Dipar foi estruturada em 1999 com a ajuda da Fundação Dom Cabral. "Foi uma experiência inusitada porque não há no mundo um fundo de pensão com percentuais tão altos de participação em empresas como a Previ", relata Macário.

O maior fundo de pensão do mundo, o Calpers, dos professores da Califórnia, não tem mais de 2% a 3% do capital de uma companhia quando é grande investidor, e isso tem a ver com a estrutura de capital no Brasil, ainda muito centrado no controlador individual ou familiar.
A Fundação Dom Cabral desenvolveu com a consultoria Baker Tilly um modelo com dois sistemas: um de acompanhamento econômico financeiro das empresas, com programas automatizados de análises de balanços e comparação de indicadores com o setor e concorrentes, e outro de acompanhamento dos conselheiros.

Um profissional que participou da montagem do sistema de acompanhamento do trabalho de conselheiros e hoje está em outra empresa (por isso pediu para não ser identificado) disse que o modelo permite a seleção de conselheiros de acordo com a necessidade de cada empresa, identificando, por exemplo, um advogado para atuar no conselho de uma companhia em Porto Alegre, ou um auditor para acompanhar uma empresa no Rio de Janeiro.

Macário explica que a escolha de aposentados para compor esse grupo se deve a que os bancários do Banco do Brasil estão no mínimo familiarizados com análise de balanços, contabilidade, finanças. Além disso, diz o gerente, têm interesse em zelar pelo patrimônio que é deles mesmos.

O modelo adotado pela Previ é criticado pelo economista Jorge Lepeltier, que trabalha como conselheiro profissional independente em várias empresas há 18 anos. Para ele a atuação de conselheiros não pode ser mercado cativo para uma única categoria, dos funcionários e aposentados do Banco do Brasil. "Sendo maior investidor institucional do país, com participações importantes em tantas empresas, a Previ deveria abrir seu processo de seleção de conselheiros a todos os brasileiros que preencham os requisitos necessários", diz Lepeltier
Dos 226 conselheiros hoje na ativa, 141 atuam nos conselhos de administração e 85 nos conselhos fiscais; 127 são titulares e o restante, suplentes. Oito são contratados fora da fundação para ocupar cargos de conselheiros em empresas nas quais a presença desse perfil de profissional seja conflitante com a companhia.

Por exemplo, a Previ não pode colocar seus aposentados no conselho do Banco Itaú ou do próprio Banco do Brasil, instituições em que a fundação é acionista com 5,72% e 10,37%, respectivamente, pelo claro conflito de interesses em ambos os casos.

O ritmo de trabalho do conselheiro é leve do ponto de vista físico, mas a responsabilidade é grande, o que exige pessoas com maturidade e experiência.
Fonte: Valor Econômico de 28.06.2010

Previ relança resort para resolver mico

Até quando a Previ continuará a insistir e achar que Costa de Sauípe dará frutos? O negócio começou totalmente errado, houve uma série de problemas de gestão e agora novamente está se tentando recuperá-lo. Eu sempre fui favorável à venda do empreendimento, em função de ter consciência que não é nosso negócio cuidar de resorts e hoteis. Sempre registrei contra essas ideias de salvar Sauípe. Já demos prova da nossa falta de expertise nesse setor, com o que ocorreu nos parques que tínhamos participação, do antigo Le Meridien. Não dá para entender por que essa insistência em continuar com esse negócio. O correto seria colocar nas mãos de quem entende do negócio. O foco da Previ tem que ser no negócio principal da Fundação: PREVIDÊNCIA, e o nosso cliente - que são os associados - deveriam ser melhor tratados.

Alguns podem questionar minha postura, porém ela não mudou, sempre a tive mesmo como Diretora de Planejamento da Previ, só não podia declará-la publicamente, apenas dentro da Previ. Quem trabalhou comigo sabe muito bem da minha posição.


A Previ espera começar a limpar nesta semana um dos maiores "micos" da carteira: a Costa do Sauipe. Parcialmente fechado para obras desde novembro, o resort será reaberto na sexta-feira com nova estratégia de segmentação de públicos. O fundo espera torná-lo lucrativo em um ano e, enfim, conseguir vendê-lo, encerrando um caso que soma R$ 1 bilhão entre investimento sem retorno e prejuízo. O relançamento custou mais R$ 30 milhões. O que se vai buscar é consolidar ocupação acima de 45% e tentar novamente vendê-lo, quando a economia mundial melhorar. A ideia não é recuperar toda a perda, mas "transformá-lo em autossustentável para vendê-lo bem", diz um executivo ligado ao projeto.
"Confiaram na força de venda das redes na Europa e nos EUA, mas não funcionou. Não há voos diretos. É difícil encher tantos quartos", diz o presidente da Associação Nacional dos Agentes de Viagens, Carlos Alberto Ferreira. São 1.417 apartamentos, com ocupação histórica de 35%. Outros problemas são a concorrência de cinco resorts na região e dos cruzeiros, barateados pelo dólar baixo. Para completar, a Previ assinou contratos que previam remuneração às redes baseada na receita, e não no lucro -mesmo fechando no vermelho, eram remuneradas.

* Fonte primária da informação Folha de S. Paulo

terça-feira, 22 de junho de 2010

Matérias desta semana

Para um Fundo de Pensão maduro e fechado com um grande percentual investido em renda variável, estes novos investimentos significam aumento da exposição em ações, proporcionando um risco cada vez maior no plano, sem necessidade, visto que os recursos acumulados permitem investimentos mais conservadores com risco praticamente nulo. Se continuar a pressão para que os fundos de pensão das estatais respondam pelas necessidades de grandes investidores, a minha opinião é que a situação poderá ficar complicada no futuro para o Plano 1.

Por isso, coloco em discussão o assunto que é da máxima importância. Por que corrermos mais riscos, com o aumento da exposição em renda variável? Para termos maiores retornos? Para que, se não há distribuição da riqueza com os seus verdadeiros donos - os associados????


Previ e Tesouro ajudam a capitalizar o BB

O governo deve usar recursos do Fundo Soberano -dos cerca de R$ 17 bilhões em caixa, R$ 1,7 bilhão já será usado na capitalização do Banco do Brasil iniciada ontem. No caso do BB, o governo já montou uma estratégia caso o mercado não adquira todo o lote de ações ofertado. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, deve investir forte na operação. Além disso, o Tesouro já será obrigado a investir mais R$ 2,3 bilhões, além dos recursos do Fundo Soberano, para que a participação da União não seja reduzida.
* Fonte primária da informação: Folha de S. Paulo


A Petrobrás se reestrutura, com a ajuda dos fundos de pensão

O governo deve usar recursos do Fundo Soberano -dos cerca de R$ 17 bilhões em caixa, R$ 1,7 bilhão já será usado na capitalização do Banco do Brasil iniciada ontem. No caso do BB, o governo já montou uma estratégia caso o mercado não adquira todo o lote de ações ofertado. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, deve investir forte na operação. Além disso, o Tesouro já será obrigado a investir mais R$ 2,3 bilhões, além dos recursos do Fundo Soberano, para que a participação da União não seja reduzida
* Fonte primária da informação: Valor Econômico

quinta-feira, 17 de junho de 2010

CAPEC aumenta valores dos pecúlios e contribuições

Apesar de não haver distribuição do superávit, apesar de não ser dado um reajuste maior que a variação do INPC, a PREVI aumentou os valores da CAPEC. Essa proposta já tinha sido colocada quando eu estava na Diretoria, porém me recusei a aprovar um aumento desse porte de uma vez, principalmente porque a CAPEC funciona como um seguro de vida e, como qualquer seguro de vida deve ser atualizado todo ano e não acumular vários anos para dar um aumento relevante de uma só vez.


"A revisão do valor dos pecúlios da Capec é realizada anualmente, conforme prevista no Regulamento. Na ocasião, é feita uma reavaliação atuarial e a comparação com seguros de vida disponíveis no mercado, de forma a balizar os valores de contribuição e dos benefícios dos Pecúlios ofertados. Pesquisa realizada no início de 2010 indicou que parte dos atuais participantes e também aqueles que ainda não aderiram à Capec, costumam fazer comparativos de preços e condições quando analisam a atratividade de nossos Planos.

O Regulamento da Capec prevê que o percentual de correção dos Pecúlios não pode ser inferior à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido entre a data da última alteração de valores e a data da nova avaliação atuarial. O reajuste dos pecúlios foi fixado em 4,17%, enquanto o INPC considerado no período da reavaliação efetuada, entre maio e outubro de 2009, foi de 1,73%.

Já as contribuições para os Pecúlios por Morte e Invalidez tiveram reajustes escalonados de acordo com as faixas etárias. Para idades até 55 anos, o reajuste foi no mesmo percentual da correção dos Pecúlios, 4,17%; a faixa de 56 a 60 anos teve reajuste de 10%; para idades de 61 a 65 anos, o reajuste foi de 15%; e de 20% para quem tem mais de 65 anos.

Por que o aumento?

Até 2005, todos os associados pagavam o mesmo valor de contribuição à Capec. O resultado era que o Plano ficava proporcionalmente mais caro para os mais jovens, desestimulando a entrada de novos participantes. Naquele ano, foi implementada a segmentação por faixa etária e os associados passaram a contribuir com valores compatíveis com seu risco, dando melhores condições de atratividade e longevidade à Capec. Novos participantes passaram a aderir à carteira.

Desde 2006 o Fundo Capec, constituído com recursos da Carteira, vem sendo utilizado para subsidiar as contribuições daqueles participantes cujas idades situam-se nas faixas etárias mais elevadas, de forma a mantê-las baixas comparativamente aos seguros disponíveis no mercado.

As avaliações anuais da Capec consideram, além do subsídio do Fundo Capec, a solidariedade entre os participantes, e o fluxo de pagamentos e recebimentos efetuados naquele ano. A partir de 2010, passaram a considerar também a projeção futura das contribuições e pagamentos. Sendo assim, é preciso ajustar gradualmente as contribuições de forma que a entrada de recursos seja suficiente para manter a atratividade dos Planos sem o subsídio do Fundo.

A segmentação dos Planos Especial e Mantença, com a criação das modalidades Júnior, Pleno, Sênior e Master a partir de 1.6.2010, resultou em correções diferenciadas na modalidade Executivo. O ajuste foi necessário porque os valores praticados na modalidade estavam defasados em relação aos Planos Morte que cobrem o mesmo risco.

Mesmo com os ajustes, os Planos da Capec permanecem muito vantajosos para os participantes de idade mais elevada. Para os mais jovens, considerando-se o maior número de combinações entre valores de contribuição e de benefícios, os planos também são bastante competitivos."

Fonte: Previ

Leia mais: www.previ.com.br

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lula sanciona reajuste de 7.7% para os aposentados


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu sancionar ontem (dia 15) o reajuste de 7,7% aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo, anunciou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O fim do fator previdenciário, que reduz os gastos da Previdência com aposentadorias, será vetado, afirmou o ministro. Esta terça era a data-limite para a decisão. Segundo ele, o fim do fator previdenciário era "o mal maior".

De acordo com Mantega, os cortes “vão doer”, mas serão necessários para equilibrar as contas públicas. “Vamos reduzir emendas parlamentares e custeio. Não faremos cortes em investimentos. Vai doer, porque já cortamos R$ 10 bilhões, mas será importante para cumprir as metas de equilíbrio fiscal”, afirmou.

O reajuste dos aposentados e a extinção do fator previdenciário foram aprovados em uma derrota do governo no Congresso Nacional. A medida provisória enviada pelo Executivo era de um reajuste de 6,14% – índice acordado com as centrais sindicais.

No entanto, Câmara e Senado aprovaram uma emenda elevando o índice para 7,7%. Segundo o Ministério da Previdência Social, o reajuste de 7,7% traria um custo de R$ 1,8 bilhão anuais aos cofres públicos.

Corte vai atingir emendas parlamentares
Segundo informou Mantega, será feito um corte de R$ 1,6 bilhão no orçamento para compensar os gastos com o reajuste dos aposentados.

"Não é uma derrota [da equipe econômica, que defendia a proposta original, de um reajuste de 6,14%. Para mim, o importante é manter o equilíbrio fiscal. A meta fiscal [de economia para pagar juros da dívida pública de 3,3% do PIB em 2010 está garantida. Vamos cortar todo tipo de gasto com custeio, inclusive as emendas parlemantares", disse Mantega.

Mantega minimizou o fato de a sanção contrariar as recomendações da equipe econômica, que de reiteradas vezes afirmou em entrevistas que o reajuste poderia comprometer as metas fiscais. O ministro afirmou ainda que a compensação na forma de cortes no orçamento será necessária para garantir a “solidez das contas públicas” e o superávit primário.

“Vamos garantir o equilíbrio fiscal e a solidez das contas públicas e a obtenção do superávit primário. Isso é sagrado, isso é será obtido, portanto a medida equilibra. Com isso, vamos conseguir satisfazer os aposentados. Já foi criada uma expectativa muito grande entre os aposentados, então ele [Lula] resolveu satisfazer essa expectativa desde que a medida não comprometa as contas públicas”, disse o ministro.

O ministro da Fazenda informou ainda que o orçamento de ano que vem também irá sofrer cortes por causa do reajuste de 7,7%. Segundo Mantega, será feito necessário para manter a meta de superávit primário de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Além disso, no orçamento do próximo ano também já estará contemplado esse aumento de despesas e será feito um remanejamento de modo a não alterar o resultado fiscal do próximo ano também. Então, temos o resultado [do superávit primário] primário de 3,3% do PIB para esse ano e 3,3% para o próximo ano também”, de acordo com Mantega.

O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, disse que o reajuste de 7,7% é retroativo. Desde o início do ano, os aposentados recebem um reajuste de 6,14%, valor inicialmente proposto pelo governo na medida provisória que foi enviada ao Congresso. Segundo Gabas, ainda será definido se o valor retroativo será pago de uma só vez. “O pagamento retroativo deve aparecer já na próxima folha de pagamento, provavelmente referente a janeiro a julho. Vamos verificar como será feito o pagamento junto com a equipe econômica”, afirmou.

Lula havia sinalizado na quinta-feira (11), em entrevista a uma rádio de Sergipe, que poderia vetar os 7,7% aprovados pelos parlamentares. "Se eu tiver que dizer não, vou dizer não e vou para televisão explicar. E vou dizer por que foi irresponsável alguém votar uma coisa que comprometendo o próximo governo", disse. "Não vou deixar esqueleto para quem vier depois de mim”, disse. Ele lembrou que a Previdência paga anualmente R$ 7 bilhões em contas “herdadas” de planos econômicos de governos anteriores.

Na segunda-feira, o presidente voltou a dar indicações de que barraria o reajuste, ao dizer que não se deixaria “seduzir por extravagâncias”. "Não pensem que eu me deixarei seduzir por qualquer extravagância que alguém queira fazer por conta do processo eleitoral. Minha cabeça não funciona assim . A eleição é uma coisa passageira e o Brasil não jogará fora as oportunidades que jogou no século XX", afirmou, em entrevista a jornalistas em Minas Gerais. (Portal G1)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PREVI comprará quase R$ 800 milhões em ações do BB

Fundo detém 10,4% do capital do banco; diretoria aprovou a subscrição da 'totalidade de ações a que tiver direito

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, participará da oferta primária de ações da instituição financeira, de modo a manter sua participação no BB. Para isso, fará um desembolso de quase R$ 800 milhões.

Atualmente, de acordo com informações no site do BB, a Previ detém 10,4% do capital total do banco.

A diretoria da Previ aprovou a presença do fundo de pensão na distribuição de novas ações do BB, "mediante subscrição da totalidade de ações a que tiver direito, ao preço definido para colocação das ações na mencionada oferta", segundo comunicado do banco nesta quinta-feira, 10.

A oferta primária, segundo o prospecto preliminar da operação, envolve 286 milhões de ações. Com base no preço de fechamento da ação do BB nesta quinta-feira, de R$ 26,76, o desembolso pela Previ para comprar as novas ações a que terá direito seria de R$ 795,9 milhões.

A Previ também comunicou ao BB que não tem intenção de participar da subscrição de eventuais sobras de ações relativas à operação.

"As informações farão parte do prospecto preliminar que será apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na data de anúncio da referida oferta", conforme o BB.

Os recursos líquidos obtidos com a oferta primária serão usados para ampliar e reforçar a base de capital do BB, principalmente para permitir o aumento da carteira de crédito, mas também para suportar o crescimento por eventuais aquisições.

A operação do BB envolve ainda oferta secundária de perto de 71 milhões de ações detidas por BNDESPar (braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Fundo de Garantia para a Construção Naval (FGCN) e o fundo de investimento Caixa FGHAB Multimercado.

O período de reserva de ações do BB na oferta começará em 18 de junho. Em 22 de junho termina o prazo para os acionistas que têm direito de preferência se manifestarem, enquanto os investidores na oferta de varejo terão até 28 de junho.

A precificação dos papéis ocorrerá em 29 de junho. O início da negociação das novas ações que serão emitidas começará em 1º de julho.
(Cesar Bianconi - Reuters/Agência Estado)

Previ, Petros, Funcef e FI FGTS: Novos sócios de Belo Monte

Previ, Petros, Funcef e FI FGTS: Novos sócios de Belo Monte

A nova sociedade do consórcio que vai ter a concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte já está fechada. O FI FGTS e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef vão ter direta ou indiretamente, por meio de empresas que participam, cerca de 30% da sociedade. A única participação direta será do fundo dos funcionários da Petrobras, que ficam com 10%. A Previ também terá 10% de Belo Monte, mas por meio da 521 Participações - que é a empresa dona da Neoenergia. O FI FGTS entrará por meio da J. Malucelli Energia, onde detém 40% das ações e a Funcef, por meio da Cevix, empresa que o fundo de pensão dos funcionários da Caixa tem em parceria com a Engevix.

Segundo fontes próximas ao consórcio Norte Energia, faltam apenas alguns detalhes a serem acertados, como o percentual que ficará com a Cevix. Em princípio ficou acertado uma participação de 5% em Belo Monte para a empresa, mas tende a ser elevado para 7,5%. Assim a construtora Queiroz Galvão reduziria a participação de 5% para 2,5%.

O autoprodutor do empreendimento será a Gaia Energia, empresa de geração do grupo Bertin que também é autoprodutora. Existe a negociação para que algumas siderúrgicas do Pará entrem nessa parcela, como está sendo negociado com a Sinbras. A CSN que negociava participação fica de fora.

Nessa nova formação, as construtoras Cetenco, Contern, Galvão Engenharia, J. Malucelli Construtora, Mendes Junior e Serveng reduzem suas participações de 30% para 10% do empreendimento. O interesse dessas construtoras está muito focado nos contratos de construção da usina. Mas elas apoiam a contratação de uma das três grandes construtoras, que estudam há 15 anos o projeto.

A Camargo Corrêa e a Odebrecht vão apresentar cotações de preços para diferentes partes da obra. Mas no consórcio, o apoio é para que a Eletrobras feche com a Andrade Gutierrez. Caso contrário, as pequenas construtoras querem ter direito de preferência, mesmo que Camargo e Odebrecht apresentem cotações melhores. Mesmo dentro do governo existe preferência pela contratação da Andrade Gutierrez. Isso porque Camargo e Odebrecht sequer participaram do leilão como investidoras, abandonando a disputa alguns dias antes criando forte pressão para que a licitação não fosse feita.

Fontes próximas ao governo dizem que a atuação dessas empreiteiras no processo do leilão foi considerada uma afronta que deve levar agora a obra para o colo da Andrade Gutierrez. A construtora mineira se manteve na disputa junto com Vale, Neoenergia e Votorantim. Uma importante fonte do governo conta que a pressão da Camargo e Odebrecht continuou mesmo depois de terem desistido da disputa, quando entraram na sociedade com a Andrade para formar o consórcio construtor.

As empreiteiras queriam manter o preço do chamado EPC (que faz a engenharia, fornecimento e construção de uma obra) no valor de R$ 31 bilhões, o que inviabilizava a tarifa de R$ 83. Na véspera da disputa, o governo ainda tinha dúvidas se iria conseguir realizar a licitação e chegou a pensar em não cassar a liminar que adiava a disputa. Mesmo depois da vitória do consórcio liderado por Chesf e Bertin, o governo ainda temia pelo futuro da usina. Foi então que Eletrobras deixou as portas abertas, inclusive para Camargo e Odebrecht, e foi angariando novos sócios. A sociedade agora está fechada e falta acertar os contratos de construção e fornecimento de equipamentos, que serão feitos separadamente.
(Josette Goulart - Valor Online)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

PREVI reajusta benefícios em 5,31%

Benefícios de aposentados e pensionistas estão maiores a partir de junho. Para as aposentadorias e pensões concedidas até 30/6/2009, o índice de reajuste da PREVI foi de 5,31%, correspondente ao INPC acumulado entre junho de 2009 e maio de 2010. O INPC é o indexador dos Planos de Benefícios. Este é o 14º reajuste desde a criação do Regulamento do Plano de Benefícios 1 e totaliza índice acumulado de 212,85% desde 1997.

A forma de cálculo depende da data de concessão do benefício. O Estatuto vigente a partir de 4/3/1980 estabeleceu critérios diferentes para reajuste dos complementos:

Para quem ingressou no Plano 1 até 3/3/1980 e teve benefício concedido durante a vigência daquele Estatuto (até 23/12/1997) o índice de reajuste incide sobre a mensalidade de aposentadoria (PREVI + INSS).

Para quem se filiou ao Plano 1 a partir de 4/3/1980 e teve o benefício concedido durante a vigência daquele Estatuto o índice de reajuste incide sobre o complemento PREVI.

Para todos os participantes que tiveram os benefícios concedidos a partir da vigência do Regulamento do Plano de Benefícios nº 1 (24/12/1997) o índice de reajuste incide sobre o complemento PREVI.

Benefícios com menos de um ano

Para os benefícios concedidos a partir de 1/7/2009, computou-se o INPC acumulado entre o primeiro dia do mês de início do benefício e 31/5/2010.
Para pensões por morte de participantes aposentados, concedidas a partir de 1/7/2009, o critério de apuração do índice de reajuste da PREVI leva em conta o mês de início da aposentadoria e não o da pensão.

Veja como seu complemento será reajustado

a) Reajuste Complementar
– participante filiado até 3/3/1980 com benefício concedido até 23/12/1997;
– o reajuste da PREVI (5,31%) é aplicado sobre o benefício global (INSS + PREVI). Para saber qual é o valor do complemento PREVI, subtrai-se do total o valor do benefício pago pelo INSS;

b) Reajuste Suplementar
– participante filiado a partir de 4/3/1980 com benefício concedido até 23/12/1997;
– participante filiado em qualquer data com benefício concedido a partir de 24/12/1997;
– o reajuste da PREVI (5,31%) é aplicado somente sobre o complemento;
– o benefício do INSS foi reajustado no mês de janeiro.


Fonte: www.previ.com.br

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Previ vai discutir uso de superávit pelo BB

Várias matérias que saíram na mídia na semana passada falam praticamente a mesma coisa. Quando digo que a missão da nova diretoria está traçada e eles terão que agir rápido, eu acho que a minha análise não é equivocada nem estou exagerando. Leiam com atenção e vamos discutir o assunto.

Previ: Superavit será avaliado, afirma o novo presidente
O novo presidente da Previ, Ricardo Flores, disse ontem que a diretoria da entidade vai avaliar questões como o destino do superavit do fundo de pensão -de R$ 44 bilhões.
Há alguns anos, participantes do chamado plano 1 (funcionários mais antigos, o grupo mais numeroso) não pagam contribuição.
Outra questão que será discutida, segundo Flores, é a devolução de cerca de R$ 8 bilhões desse superavit ao patrocinador -no caso, o BB- como prevê uma resolução do Conselho de Gestão da Previdência Complementar.
Há, porém, forte resistência a isso dentro da Previ, e funcionários vêm questionando a norma na Justiça. "Vamos avaliar com a assessoria técnica e entender melhor a questão."
Flores assumiu ontem a presidência do maior fundo de pensão do país, com R$ 144 bilhões em ativos e participação em empresas como Vale, Neoenergia e CPFL. (Folha de S.Paulo)

Previ vai discutir uso de superávit pelo BB
O novo presidente da Previ, Ricardo Flores, empossado ontem, admitiu que a questão do uso do superávit da Previ pelo seu patrocinador, o Banco do Brasil, consta da resolução 26 da SPC, mas é polêmica e vai ser analisado pela diretoria da fundação. "Vamos analisar este caso e buscar compreender melhor a legislação que versa sobre isto e internamente decidir o que tiver sentido para a Previ e associados." O BB contabilizou em dois balanços seguidos, de 2008 e 2008, R$ 8 bilhões, recursos oriundos do superávit da Previ. Em 2009, alcançou R$ 44 bilhões.
O que circula no mercado é que a indicação pelo BB do presidente da Previ e dos dois diretores estratégicos do fundo - o de Participações e de Investimentos - teria como pano de fundo esta questão de uso do superávit. Há uma corrente de participantes da Previ que é contra o superávit ser repartido com o patrocinador, pois, ao lançar mão dele, está tirando parte do benefício do participante. A nova diretoria não quis comentar essa informação.
Flores não falou muito sobre um programa de gestão da fundação. Mas se pronunciou em relação a outra questão que também mexe com o mercado: o desenquadramento da Previ na Vale e a situação da presidência do conselho da Vale, hoje presidido por Sérgio Rosa, que deixou o comando da fundação. Segundo Flores, a substituição de Rosa no comando do conselho da Vale não está em pauta. "Ele foi eleito em assembleia dos acionistas da Vale em abril para um novo mandato que vai até abril de 2011." (Vera Saavedra Durão - Valor Online)

Previ pode investir mais em infraestrutura
'Queremos ser atores principais e não coadjuvantes no desenvolvimento do país', disse Flores
O maior fundo de pensão da América Latina, Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, poderá aumentar seus investimentos em infraestrutura se isso for interesse do País e ao mesmo tempo atender as regras de governança corporativa da entidade, afirmou o novo presidente Ricardo Flores, que toma posse nesta terça-feira.
Sem se preocupar com possíveis usos da Previ pelo governo por entender que a entidade está blindada por uma governança corporativa madura, Flores disse que projetos para a Copa em 2014 e para as Olimpíadas de 2016 podem ser analisados como qualquer outro investimento que seja proposto à entidade.
"Queremos ser atores principais e não coadjuvantes no desenvolvimento do país", disse Flores a jornalistas horas antes de tomar posse. "Se isso for interesse do país e desde que atenda aos requisitos, não vejo como excludentes (os projetos estruturantes)", completou.
Na véspera, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, comentou em evento em São Paulo que fundos de pensão poderiam ter uma participação maior no setor de infraestrutura do país ao citar diversificação das fontes de financiamento da economia para além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Sem a presença da imprensa, o ex-presidente da Previ, Sérgio Rosa, passa oficialmente o bilionário caixa de R$ 142 bilhões da Previ para Flores e a nova diretoria em cerimônia no final desta tarde no Rio de Janeiro.
Junto com Flores tomam posse os dois diretores indicados pelo Banco do Brasil e os dois eleitos pelos participantes do fundo. Apenas um diretor, de Seguridade, José Ricardo Sasseron, permaneceu da antiga diretoria. Marco Geovanne Tobias da Silva, que ocupava a gerência geral de Relações com Investidores do BB assume a diretoria de Participações no lugar de Joílson Ferreira prometendo dar maior visibilidade ao fundo.
"Vamos dar maior transparência, como foi feito com o banco, queremos fazer mais reuniões com o mercado", disse Silva, lembrando que atualmente a Previ tem apenas uma reunião anual na Apimec.
A entidade ganhou mais fôlego para investimentos no ano passado, depois que o governo resolveu aumentar de 50% para 70% o limite das aplicações em renda variável. Mesmo assim, Flores e sua diretoria terão que lidar com casos polêmicos como o desinvestimento a ser feito na Vale, para que a Previ possa se adequar à regra de não concentrar mais de 10% do patrimônio do fundo em uma única empresa. Atualmente a Vale é o maior investimento da Previ, com peso em torno dos 20 por cento do seu patrimônio. "Isso ainda não foi avaliado", afirmou.
Conselho da Vale
Flores não decidiu também se vai assumir o cargo de presidente do Conselho de Administração da Vale. Argumentando que o mandato de Sérgio Rosa vai até 2011, Flores deu sinais de que vai esperar a decisão do ex-dirigente.
"Esse assunto ainda não foi tratado (o conselho da Vale). Existe um mandato e este mandato está em curso até maio de 2011", disse Flores. "Isso tem um rito próprio, ele (Rosa) pode pedir para sair, renunciar. Tem que ter assembléia de acionistas", explicou o executivo que preferiu generalizar o assunto.
"Não pretendemos mudar as coisas no sentido de mudar por mudar, queremos olhar o processo de maneira geral e manter aquilo que está maduro e aperfeiçoar o que puder", explicou, referindo-se também às suas outras participações em empresas. Outras questões delicadas, como o superávit de mais de 40 bilhões de reais da entidade que poderá ou não ser distribuído aos beneficiários, assim como possíveis mudanças nas participações da Previ no setor elétrico (CPFL e Neoenergia) serão avaliadas com calma, disse Flores. Funcionário de carreira, Flores está no banco há 32 anos. (Denise Luna - O Estado de S.Paulo)